
Oh, Rio! Gilson Silva Hoje como ontem, um corpo cai no asfalto Do alto da sua ignorância alguém diz perfeito No leito do Rio desaboca um povo sofrido O alarido do gol do outro lado não incomoda A moda antiquária do silenciar ao caos. O fal lustrado nas mãos calejadas de mal. Pau, pedra... se revolta o povo na avenida Batida no morro do Alemão à brasileiro Um cheiro de injustiça paira no ar Pá! Pá! Pá! Contam-se os mortos, as almas sádicas Tudo é matemática somada a descaso Numa queda de braço entre a razão e a perversidade Do alto a cidade é toda luz neon Ao som do hits do momento no Brasil a fora O psiu das horas nos manda dormir em paz. Oh, Rio! Não riu. Não chores mais!