Greve Geral do Dia 30 de junho de 2017


E aí, a Greve Geral?
Por Gilson Silva

Bem, eu fui a mais uma Greve Geral, dá a minha humilde contribuição a mesma. Cheguei, infelizmente no que seria o meio da passeata, na Conde da Boa Vista, mas por minha surpresa ela terminou no inicio da avenida mesmo, outrora isso jamais ocorreu, todas passeatas ou terminavam no Palácio do governo ou na Praça do Carmo, ou então na pracinha do Diário, em pouquíssimo caso, no Marco Zero, não sei porque dessa estrategia de terminar onde terminou, impossibilitando a visibilidade dos oradores que se revezavam nos seus discursos, hora fofo (dos pelegos que adoram falar da boca pra fora), hora inflamável, direcionada a grande massa que o acompanhava, o trio elétrico que serviu de palco, terminou seu percurso, próximo a Ponte Duarte Coelho, um local relativamente estreito, tornando impossível ver quem falava no trio. Numa avenida abandonada pelo poder público, relativamente nas trevas e cheia de lixo, sem falar (e falado) da cerda idiota dividindo as vias. Vi uma passeata, infelizmente não tão grande, um tanto quanto desanimada, com a exceção da galera juvenil que gritava, pulava, dançava, tornando-a mais alegre, a UJC, como sempre deu a sua bonita participação ao ato da Greve Geral. O Sindicato Rodoviário não aderiu a greve, preferiu fazer a sua greve particular, marcada pra segunda-feira, vai mendigar 7% de aumento (vão consegui 4%, olhe, olhe), ele preferiu virá as costas à luta da classe trabalhadora com um todo, virou às costas ao golpe, ao desemprego avassalador, à luta contra um governo usurpador... mas o que mais me surpreendeu foi o número grande de trabalhadores (camelôs), que acompanharam a passeata, parecia uma passeata dentro da grande passeata, isso reflete como anda a precaridade do trabalho, a terceirização (por baixo), não entre empresas, mas entre a força do trabalho dos desempregados na ânsia de subtraírem a mais-valia desse capitalismo selvagem. Uma pelegagem, como sempre, estava lá no trio elétrico, como carrapatos-humanos falando ao povo, infelizmente temos que aturar essa gente, como diz Chaves: gentalha, gentalha... (ahahah). Não vi quebra-quebra, não vi tumulto, vi uma passeata à la CNBB, não que sou favorável a quebra-quebra, mas isso ocorre aqui-acolá, quando o clima está tenso, e o Brasil, está tenso. Tudo bem, vamos pro segundo round, a luta continua!

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