Clã dos Sem a Lógica
🎚️ Clã dos Sem a Lógica: A resistência analógica à música digital
Em pleno século XXI, ainda há quem trate a música digital como um erro de percurso. Um grupo de músicos tradicionais — que alguns chamam de “Clã dos Sem Lógica” — se apega às partituras amareladas como se o tempo tivesse parado no compasso de quatro por quatro. Para eles, a arte só é legítima se vier de instrumentos físicos, suor no palco e sons captados por microfones vintage.
Mas há algo que esse clã não vê — ou se recusa a ver: o silêncio entre os bits também compõe. Há humanidade nos dígitos, há emoção nos prompts, há poesia nos sintetizadores. Desde que guiados por mãos humanas, a tecnologia não rouba a alma da música — ela a expande.
O problema não é a estética, é a postura. Muitos criadores digitais relatam que, ao pedir ajuda ou colaboração, recebem apenas o eco do desprezo. Não por falta de tempo, mas por medo. Medo de serem ultrapassados por quem cria com cliques e não com clave de sol. Medo de que o cravo do amor à música poética e popular brasileira soe mais forte vindo de um computador do que de um violão.
Ignoram que talento não mora no formato, mas na intenção. Que a arte não depende do meio, mas da mensagem. E enquanto afinam seus egos, nós — os compositores digitais — afinamos o futuro.
A música está mudando. E quem não escuta o novo, corre o risco de se tornar apenas ruído no passado.
Por Gilson Silva/IA
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