🌍 COP30 em Belém:
A vitrine verde que deixou parte do povo indígena a ver navio
A COP30, realizada em Belém em novembro de 2025, foi anunciada como a “COP da Amazônia”. O governo brasileiro prometeu protagonismo indígena e participação popular. Mas na prática, o que se viu foi uma vitrine verde para chefes de Estado e corporações, enquanto os povos da floresta ficaram à margem das negociações formais.
📉 A promessa e a realidade
- A expectativa era reunir 6 mil indígenas na chamada “Aldeia COP”, mas apenas 3 mil conseguiram participar, segundo a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).
- O motivo? Crise de hospedagem e preços abusivos em Belém, que reduziram pela metade a delegação prevista.
- Apenas cerca de 400 lideranças indígenas tiveram acesso aos espaços oficiais de negociação, a chamada Blue Zone, cercada por forte segurança.
🚤 Protestos e barqueatas
Enquanto líderes mundiais discursavam sobre “sustentabilidade”, indígenas, ribeirinhos e movimentos sociais organizaram barqueatas com mais de 200 embarcações e marchas pelas ruas de Belém.
- A Cúpula dos Povos, encontro paralelo, denunciou a exclusão das comunidades e criticou a expansão da soja, da mineração e até a exploração de petróleo na Foz do Amazonas.
- O recado foi claro: não há justiça climática sem justiça indígena.
🏛️ A vitrine verde
Fotos de indígenas em trajes tradicionais circularam pelo mundo como símbolo da “COP da Amazônia”. Mas, como denunciou a COIAB, os povos originários foram usados como marketing verde, sem protagonismo real nas decisões.
- O contraste é brutal: quem protege a floresta foi convidado a posar para fotos, mas não a decidir seu futuro.
💥 A lapada necessária
A COP30 mostrou que ainda prevalece a lógica colonial: os povos da floresta são tratados como figurantes, enquanto corporações e governos negociam o destino da Amazônia.
- O resultado é um evento que fala em “sustentabilidade” enquanto aprova projetos de expansão agrícola e energética que ameaçam diretamente comunidades indígenas e ribeirinhas.
✍️ Conclusão
A COP30 foi histórica por acontecer na Amazônia, mas falhou em dar protagonismo a quem mais importa: os povos que vivem e defendem a floresta. Sem eles, qualquer acordo climático é vazio.
Não há futuro verde sem justiça indígena.
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